quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Em vistas de estarmos vivenciando a SEMANA DA FAMÍLIA, compartilho com os meus visitantes um artigo da Comunidade Católica Oasis (Caxias do Sul) para que sirva de iluminação para vida de todos vocês.

Os (4) quatro pilares de um lar harmonioso

“Por isso deixa o homem pai e mãe, se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus, e não se envergonhavam”.
Pare um pouco e pense bem sobre essas palavras, porque nelas temos, resumidamente, as bases do casamento, conforme o plano de Deus. É essa a declaração mais clara na Bíblia sobre o casamento, citada também nos Evangelhos de Jesus Cristo segundo São Mateus 19,5 e São Marcos 10,7. Em Efésios 5, São Paulo também se referiu a ela. No trecho acima temos quatro pilares que são o alicerce de um casamento feliz. Cada um desses pilares é absolutamente necessário para que haja harmonia e felicidade no lar.
“Por isso deixa o homem pai e mãe”. Aí está o primeiro pilar. Para que o novo relacionamento floresça, há necessidade de um ‘deixar’ emocional por parte dos recém casados. É fundamental que tanto o homem como a mulher cortem o cordão umbilical, rompam os laços da dependência emocional de seus pais. Antes do casamento, os pais oferecem segurança, proteção e sustento material. Depois, porém, o novo casal assume as funções de marido e esposa. Esse ‘deixar’ é tão importante que Deus o menciona antes de falar sobre a união matrimonial. Isto não quer dizer que os recém casados devam abandonar ou deixar de respeitar e honrar os pais, mas significa que eles precisam dar outro enfoque à vida, tendo cuidado de suprir as necessidades um do outro. Em outras palavras, se você não estiver disposto a deixar, sejam seus pais, sua profissão, seus hobbies, você nunca poderá desenvolver a experiência de ‘se unir’ que Deus planejou para o casal.
O segundo pilar está contido nas palavras: “se une a sua mulher’. A palavra ‘une’ significa cimentar e indica a natureza permanente do casamento. As duas pessoas são coladas. Ambos estão absolutamente unidas, perto uma do outra. Por isso qualquer tipo de separação é muito dolorosa. Por exemplo, o que acontece se você tenta separar duas folhas de papel que estão coladas? É praticamente impossível. No plano original de Deus, o casamento era uma instituição permanente: ‘até que a morte os separe’ Não é até que a sogra os separe, até que a amante os separe, nem até que a profissão ou a discórdia os separe, mas ‘até a morte’.
Infelizmente em nossos dias, o conceito de laços permanentes no casamento vem sendo insidiosamente desconsiderado e destruído. Mas esse não foi o plano original de Deus. Os laços matrimoniais não são como os laços de fitas que amarram os bonitos presentes de casamento, mas são laços de aço forjados pelo calor, através das crises e tribulações e da confirmação constante dos compromissos e votos feitos. A união do casal – ‘se une’ – É um processo crescente e contínuo. Através da variedade de circunstâncias e situações da vida conjugal, é possível constatar essa realidade nos mínimos detalhes. O cônjuge sempre deve perguntar-se a si mesmo: “Será que isso que eu vou fazer, dizer ou pensar vai nos unir ou nos separar?”

 

Lembre-se que aos olhos de Deus a união matrimonial é indissolúvel, e isso nos leva ao terceiro pilar, representado nas palavras: “tornando-se os dois uma só carne”. Casamento significa unidade no sentido mais completo da palavra – espiritual, mental, emocional e física. É um processo que se desenvolve durante toda a vida do casal. Unidade não significa conformidade ou uniformidade, porque o casamento une duas pessoas com origem, sentimentos, interesses, hábitos, dons e habilidades diferentes. Essa unidade não acontece da noite para o dia, por isso digo que leva uma vida toda.
A citação ‘tornando-se os dois uma só carne’, diz respeito à experiência sexual. Nós casamos no cartório para cumprir a lei. Casamos na Igreja, perante os convidados, para invocar as bênçãos de Deus e para dar testemunho público dos votos feitos. Casamos na cama através do ato conjugal. Isto é a consumação do casamento. Essa experiência é reservada somente para duas pessoas que deixaram e se uniram. Qualquer outra prática de intimidade física é uma tragédia com resultados catastróficos. A Bíblia define claramente o homem que comete o adultério. Vejamos as palavras do Autor Sagrado o Livro dos Provérbios 6,32: “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa”.
 Na sociedade permissiva em que vivemos, é bom lembrar que o casamento é um relacionamento heterossexual. Deus criou uma mulher e um homem. O relacionamento homossexual é uma anormalidade criada por pessoas que rejeitam a lei moral de Deus escrita nos corações.
Embora o relacionamento de “uma só carne” seja basicamente físico, as implicações espirituais, mentais e emocionais são muitas. A Bíblia descreve esse ato em Gênesis 4,1 da seguinte maneira: “E conheceu Adão a Eva, sua mulher…” O Espírito Santo escolheu esta palavra ‘conheceu’ para descrever essa santa união entre o homem e sua mulher. O ‘conhecer’ no ato sexual não é somente físico, mas também emocional, mental e espiritual.


Somente depois que o homem e a mulher ‘deixam’ seus pais e assumem o compromisso de se unirem, e se tornam uma só carne, nasce à intimidade. Este é o quarto pilar do casamento. Ele está revelado nas palavras: “Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus, e não se envergonhavam”. Na lista das prioridades de Deus, a intimidade está em último lugar porque antes dela o casal precisa ‘deixar’, ‘unir-se’ e ‘tornar-se’. Esta ordem é importante e não pode ser mudada. A nudez de Adão e Eva não era simbólica, mas real. E não havia nenhuma vergonha ou embaraço entre eles. Nenhuma área estava escondida, nenhum medo, nenhum acanhamento. Havia liberdade física e emocional. É importante notar que essa intimidade era o resultado de um relacionamento sem pecado. Quando o pecado entrou no mundo, entrou a cobiça, a busca de tirar do outro o máximo do prazer egoísta. A primeira coisa que nossos pais sentiram necessidade de fazer foi se cobrir e se esconder. “E chamou o Senhor Deus ao homem que lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi o barulho dos teus passos no jardim, e, porque estava nu, tive medo e me escondi” (Gn 3, 9-10).
Entre Adão e Eva havia profunda intimidade e transparência. Este era o plano original de Deus, mas com o pecado, essa intimidade acabou. E agora reina o egoísmo, a insatisfação, a raiz de amargura, a frustração, e os mal-entendidos.
Tomemos como exemplo o adultério, quando não existe o compromisso de ‘até que a morte nos separe’, se não existe o ‘deixar-se’ o ‘unir-se’ e o ‘tornar-se não haverá alicerce para construir um lar feliz. O plano original de Deus não pode ser melhorado. São os quatro pilares que sustentam a casa.
Quando o homem interfere na ordem de Deus, ele sempre terá problemas. Talvez você esteja enfrentando sérios problemas em seu casamento. Se esse for o seu caso, tenho a boa notícia: nem tudo está perdido; o seu Deus é o Deus do impossível.