JOÃO PAULO II: SANTO SÚBITO, SANTO JÁ
João Paulo II visitou cento e vinte cinco países em todos os continentes, chegando a ir em janeiro de 1998 a Havana, capital de Cuba, lá permanecendo por cinco dias a convite do presidente Fidel Castro. Ele também esteve no Brasil por três vezes. Foi mais de 1,1 milhões de quilômetros percorridos ao redor do mundo, o suficiente para dar trinta voltas em torno da terra.
Ao longo de seu pontificado, João Paulo II permaneceu à frente da Igreja por vinte e seis anos, caracterizando um dos mais longos pontificados de toda a história.
Com um carisma fora do comum, o Papa João Paulo II, conseguia conquistar multidões, era um homem bem humorado e de grande religiosidade, prova disso é a facilidade que ele tinha para alcançar o bom êxito nos seus ensinamentos.
A jornada mundial da juventude talvez tenha sido uma das maiores realizações na vida da Igreja, uma vez que ele foi tão bem aceito, que ficou conhecido como ídolo dos jovens, justamente pelo modo com que conseguia se aproximar deles.
João Paulo II exerceu o seu ministério profético com grande maestria. Ele fazia questão de sair do Vaticano e levar a mensagem de Cristo a toda parte. Em cada uma de suas inúmeras viagens ele não levou uma presença turística. Ele viajou como portador de mensagens de solidariedade, de respeito à pessoa humana, de fé em Deus, Pai de toda a humanidade. Certa vez lhe perguntaram: “Por que o senhor está sempre viajando pelo mundo?” Ele respondeu: “Por que o mundo não cabe todo aqui!”
Ele promoveu alguns encontros marcantes no campo do ecumenismo e do diálogo inter- religioso. Entre eles, destaca-se o primeiro Dia Mundial de Oração pela Paz com representante das Igrejas Cristãs e Comunidades Eclesiais e Religiões do mundo, em Assis, na Itália e tomou também a iniciativa de visitar a sinagoga de Roma.
Homem de profunda devoção mariana recomendou e incentivou a recitação do Santo Rosário e declarou: “o Rosário é minha oração preferida. Oração maravilhosa em sua simplicidade e profundidade.” Instituiu de outubro de 2002 a outubro de 2003 o “Ano do Santo Rosário”. Quando adolescente com ajuda de um de seus professores, fundou um grupo de congregação mariana.
Para a Igreja ele foi um sustentáculo. A firmeza de João Paulo II deu firmeza à Igreja e ela precisava disso. Ele foi também um líder para o mundo, não existiu e não existirá outro com liderança igual à dele, essas leis que alguns políticos desejam aprovar e que abalam profundamente os alicerces da sociedade, somente ainda não o foram graças à luta de João Paulo II. Com sua ética personalista, ele primou pela pessoa humana, o centro de tudo, o papa lutou para impedir essas leis desumanas, porque ele amava a pessoa humana e pessoa humana ainda no ventre de sua mãe, assim que foi concebida. Foi um homem que muito amou Jesus Cristo. Ele o amou porque se sentiu profundamente amado por Ele, por isso não poderia fazer outra coisa se não derramar-se de amor por toda a humanidade.
João Paulo II foi duramente provado pelo sofrimento. Aos vinte e um anos viu-se sozinho no mundo, pois havia perdido toda sua família. Quando vivia o terceiro ano de seu pontificado, foi vítima de um atentado em plena Praça de São Pedro. O tiro do qual foi alvo submeteu-o a uma delicada cirurgia para amputação de parte do intestino. A partir daí sucederam-se uma série de problemas que debilitaram sua saúde, o mal de Parkinson o limitou em seus movimentos e na fala. Em fins de março de 2005, passa mal e morre em 2 de abril do mesmo ano. Suas últimas palavras foram: “Deixem-me ir para casa do Pai”, contou seu secretário D. Stanislaw Dzwisz.
Marie Simon Pierre, religiosa francesa que sofria a quatro anos do mal de Parkinson, a mesma doença que afetou os últimos anos de vida do Papa, recuperou-se dessa enfermidade milagrosamente por intercessão de João Paulo II, dois meses após a morte do mesmo, tornando-se a peça chave do processo de beatificação de João Paulo II.
É esse homem admirável que entrou em nossas casas, em nossas famílias e fez moradia em nossos corações que será em 1º de maio, o domingo da festa da Divina Misericórdia, festa por ele instituída, elevado a honra dos altares, fato já previsto por centenas de milhares de jovens que no funeral de João Paulo gritavam “Santo Súbito” que significa Santo Já.
Luis Odilon Macedo Béles
Comunidade Nova de Aliança Nova do Monte Carmelo
Luis Odilon Macedo Béles
Comunidade Nova de Aliança Nova do Monte Carmelo
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