quarta-feira, 30 de maio de 2012



OS DONS DO ESPÍRITO SANTO





Os dons do Espírito Santo são como receptores que atraem os impulsos do Espírito e por intermédio dos quais o cristão se encaminha para a perfeição em estilo novo ou com a eficácia que o próprio Deus lhe conceder.





O que são os dons do Espírito Santo?




Vejamos a diferenciação feita pela Teologia entre dons e carismas, embora a palavra "charisma" seja de origem grega e signifique dom.
Carismas são graças especiais pelas quais o Espíri­to Santo capacita os cristãos para funções e tarefas que contribuem para o bem comum da comunidade. Os carismas às vezes apresentam, mas nem sempre, caráter extraordinária como no caso de certas curas ou a glossolalia isto é, o dom das línguas.
Por dons entendemos os talentos concedidos ao cristão para que sigam mais confiantemente os ímpetos do Espírito no caminho da perfeição espiritual. Os dons e seus efeitos são discretos, não chamam a atenção do povo dando shows ou espetáculos.
Agora que já aprendemos o que são dons e carismas e a diferença teológica entre um e o outro, vamos conhecer os sete dons do Espírito Santo e o significado de cada um, para que melhor compreendamos a necessidade de invocarmos e suplicarmos ao Espírito Santo que aumente em nós os Seus dons e frutos para que conservemo–nos neles até a morte. Cabe aqui um breve comentário sobre a significação do número sete na linguagem bíblica. Esse é o número da perfeição, da totalidade porque Deus criou o mundo em sete dias (Gn. 1 – 31; 2 – 2)









   SABEDORIA



É o dom de perceber o certo e o errado, o que favorece e o que prejudica o projeto de Deus. Por este dom buscamos não as vantagens deste mundo, mas o Bem Supremo da vida, que nos enche o coração de paz e nos faz felizes. Diz o Senhor: "Feliz o homem que encontrou a sabedoria... Ela é mais valiosa do que as pérolas" (Pr 3,13-15).





ENTENDIMENTO



É o dom divino que nos ilumina para aceitar as verdades reveladas por Deus. Mesmo não compreendendo o mistério, entendemos que ali está a nossa salvação, porque procede de Deus, que é infalível. O Senhor disse: "Eu lhes darei um coração capaz de me conhecer e de entender que Eu sou o Senhor" (Jr 24,7).





CIÊNCIA



É o dom de saber interpretar e explicar a Palavra de Deus. Por este dom, o Espírito Santo nos revela interiormente o pensamento de Deus sobre nós, pois "os mistérios de Deus ninguém os conhece, a não ser o Espírito Santo" (1 Cor 2,10-15).





CONSELHO



É o dom de saber discernir caminhos e opções, de saber orientar e escutar, de animar a fé e a esperança da comunidade. Mas o Senhor disse-lhe: "Não te deixes impressionar pelo seu belo aspecto, porque eu o rejeitei. O que o homem vê não é o que importa: o homem vê a face, mas o Senhor vê o coração" (1 Sm 16,7).





FORTALEZA



É o dom de resistir às seduções, de ser coerente com o Evangelho, de enfrentar riscos na luta por justiça, de não temer o martírio. São Paulo confiava no dom da fortaleza. Ele disse: "Se Deus está conosco, quem será contra nós?" (Rm 8,31).





PIEDADE



É o dom de estar sempre aberto à vontade de Deus, procurando agir como Jesus agiria e identificando no próximo o rosto de Cristo. É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. "O Reino de Deus não consiste em comida e bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14,17).





TEMOR DE DEUS



Não quer dizer "medo de Deus", mas medo de ofender a Deus. Sendo Ele o nosso melhor amigo, temos o receio de não lhe estarmos retribuindo o amor que lhe é devido. Mais do que temor, é respeito e estima por Deus. "Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e com todas as tuas forças" (Dt 6,4-5).
Queridos irmãos e irmãs estes são os dons do Espírito Santo também chamado de dons de satificação ou dons hierárquicos. No próximo artigo estarei abordando os dons carismáticos, os quais nas cartas paulinas receberam atenção e significados muito especiais.
Que a paz de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês!


                                     
                                    
                                         
                                               Luís Odilon Macedo Béles
       Discípulo da Comunidade de Aliança Obra Nova do Monte Carmelo



















  

sábado, 26 de maio de 2012

PENTECOSTES                                                                                 

Para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, cinquenta dias, daí o nome Pentecostes, que significa "quinquagésimo dia".
Para os discípulos de Jesus e hoje para nós, o pentecostes significa o cumprimento do que foi dito pelo profeta Joel em seu livro no capítulo 3 versículos de 1 a 5 e também a realização da promessa de Jesus em Jo. 14, 15–17. Isso aconteceu concluídos cinquenta dias do período pascal conforme lemos em Atos dos Apóstolos 2, 1–13 e com esse evento podemos dizer que foi o nascimento da Igreja de Cristo, pois o paráclito, Espírito da verdade, o Consolador se derramou sobre a comunidade dos discípulos e discípulas reunidas no cenáculo edificando e fortalecendo a sua Igreja, que eram aqueles e hoje somos nós, e enviando–nos a missão ”ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.
Oremos pedindo a Deus que nos envie o Espírito Santo para que também nós recolhamos primícias para o Pai: “Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, inspirai-me sempre aquilo que devo pensar, aquilo que devo dizer, como eu devo dizê-lo, aquilo que devo calar, aquilo que devo escrever, como eu devo agir, aquilo que eu devo fazer, para procurar a vossa glória, o bem das almas e minha própria santificação.”
“Ó Jesus, toda a minha confiança está em vós.”
“Ó Maria, templo do Espírito Santo, ensina–nos a sermos fiéis Àquele que habita em nosso coração”.
                                                             
                          Luís Odilon Macedo Béles
    Discípulo da comunidade Obra Nova do Monte Carmelo

                                              
             

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Evangelho de Marcos 5, 21 – 43



A filha de Jairo e a mulher doente

Neste evangelho vemos grandes exemplos de . Em primeiro lugar a de Jairo, homem bem posicionado na sociedade judaica, era um dos chefes da sinagoga e, por amor a sua filha que estava passando mal desce de seu pedestal de poder, apresenta–se diante de Cristo e lança–se a seus pés, isto é, humilha–se, prostra–se por terra, rosto no chão e intercede a Jesus pela filha dizendo “vem, impõe–lhe as mãos para que ela se salve e viva”. Jairo tem certeza de que Jesus pode curá–la, pede a Jesus a salvação e a vida da filha, mas uma pessoa que é salva não vive? Porque então Jairo suplica por essas duas coisas? Por que não quer somente a cura física, quer também a cura, a salvação da alma da filha.
Nesse mesmo episódio encontramos também uma mulher que há doze anos sofria com um fluxo de sangue, isto é, menstruava continuamente e já havia padecido muito nas mãos de vários médicos e gastado todos os bens que possuía sem obter nenhum resultado. “Ouvindo falar de Jesus infiltrou–se em meio à multidão que o cercava e pensava com sigo mesma” se eu tocar a orla de seu manto ficarei curada e assim aconteceu, ao tocá–lo o sangue estancou logo e ela sentiu estar curada. Jesus olhando envolta perguntou quem me tocou? E os discípulos respondem, a multidão te comprime e tu queres saber quem te tocou? Porém, Jesus sentira que saiu de si uma força e sabia que alguém havia lhe tocado com fé e a mulher amedrontada veio lançou–se aos seus pés e contou–lhe toda a verdade, Jesus disse–lhe: “Filha a tua te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal.”
Em determinado momento enquanto se dirigiam à casa de Jairo, veio um criado avisar–lhe que a filha havia morrido e dizer–lhe que não incomodasse o mestre, Jesus ouviu a notícia e falou: “Não temas; acredita somente”. Podemos interpretar essas palavras de Jesus como quem diz: não vês o que aconteceu com essa mulher pela , com tua filha poderá acontecer o mesmo se também tiveres . Jairo creu e o milagre aconteceu. Jesus chegando à casa de Jairo perguntou por que tanto barulho, a menina não morreu está dormindo e eu vou acordá–la. Mas riam dele. Levando consigo o pai, a mãe e os seus discípulos entraram onde a menina estava deitada e pegando a sua mão disse–lhe: “Menina, ordeno–te, levante–te!” e na mesma hora ela levantou–se e começou a andar deixando todos muito assombrados. Recomendou–lhes severamente que não falasse a ninguém e mandou que descem–lhe de comer.
Estes dois grandes e belos exemplos de podemos trazê–los para nossas vidas. Acreditando que Cristo tudo pode, se o tomarmos como mestre e senhor de nossas vidas; as nossas misérias, enfermidades e angústias serão todas curadas e ao finalizarmos esta peregrinação terrestre não morremos, mas renasceremos para a vida eterna. Outra coisa que chama a atenção neste evangelho é o fato de Jesus ter mandado alimentá–la. Por que Ele teria ordenado isso? Não estaria aí o ensinamento a todos nós de que o corpo precisa estar forte e bem tratado, a precisa ser alimentada pela leitura e estudo da palavra, pela oração pessoal e comunitária; a alma necessita do maior e melhor de todos os alimentos que é a eucaristia? Podemos extrair desse evangelho também uma lição de coragem e ousadia, pois as mulheres menstruadas para sociedade judaica eram consideradas “impuras”, elas não poderiam aproximar–se de nada e de ninguém; não poderiam tocar em nada e nem serem tocadas sob pena de que as pessoas ou coisas se tornassem também “impuras”. Essa mulher transgrediu as leis, correndo o risco de ser condenada, de ser apedrejada até a morte, mas a estava acima de tudo fazendo–lhe corajosa. Será que nós que dizemos cristãos seguidores de Jesus temos a coragem da hemorroisa de enfrentarmos tudo e todos pelo testemunho e defesa de nossa? Jesus por sua vez também foi desobediente a lei aceitando ser tocado pela “impura”, porém sendo fiel em primeiro a Deus e depois a si mesmo, pois Deus o enviou para salvar e curar os doentes, recuperar a dignidade e reintegrar a sociedade os discriminados e marginalizados.
Bem, como podemos perceber a palavra chave deste evangelho é a . Muito mais teria a falar sobre esta passagem bíblica, mas vou parar por aqui. Você meu irmão, você minha irmã leia faça sua reflexão pessoal e veja quanta riqueza, quantos ensinamentos esta leitura nos passa. Aconselho a usar a metodologia de Leitura Orante. Eu sou integrante do Grupo de Estudo da Palavra intitulado “Enchei–vos” (leitura orante) e dou testemunho da maravilha que é e convido–os realizar conosco essa experiência. Venha nos conhecer!
Comunidade Católica de Aliança Obra Nova do Monte Carmelo
Rua: Ver. Elberto Madruga, 524 Bairro Cruzeiro do Sul
Reuniões: Todas segundas e terças–feiras às 18 horas. Teremos imenso prazer em recebê–los. 


                                                Luis Odilon Macedo Béles

                   Discípulo da Comunidade Obra Nova do Monte Carmelo        

          

  
       
               
    
   

sábado, 12 de maio de 2012

Estou postando uma receita criada por mim, para que você faça amanhã para sua mãe.
                                         

                                 salada parmesã






1 pacote de macarrão conchinha (daquela bem miuda) cozido al dente
2 cenouras raladas cruas
1 peito de frango cozido diretamente no molho de tomates bem suculento e desfiado
1 pacote de ervilha congelada cozida
1 pacote de queijo parmesão ralado
1 pedaço de repolho crú ralado
1 pedaço de couve-flor cozido
1 pedaço de brócolis cozido
1 molho de salsa picada
1 molho de cebolinha verde daquela bem fininha picada
1 xícara de azeitona verde picada
1 vidro 250g de maionese liza caseira
Modo de fazer
Coloque o macarrão escorrido numa vazilha grande, hidrate-o com azeite de oliva e deixe esfriar;
Misture os demais ingredientes e  está pronto. Bom apetite.
                                                                                               
                                                                                       

                                                                                        Luís Odilon Macedo Béles

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O garoto e o mar

O garoto e o mar


                              



Antônio um menino de oito anos de idade vivia na zona rural de uma cidadezinha do interior do Rio Grande do Sul com seu pai agricultor. Era uma criança muito esperta e inteligente. Seu grande sonho era conhecer o mar, pedia sempre ao pai para um dia levá-lo à praia do Cassino para ver o mar.
Certa manhã de um belo dia de verão, o menino alimentava as galinhas no terreiro da casa quando seu pai o chamou: “Venha meu filho vamos sair, o menino todo feliz perguntou aonde iriam e ele respondeu que era surpresa. Preparam-se e partiram.
O garoto estava ansioso para saber a que lugar estava indo. Quando chegaram à emoção tomou conta de Antônio, que alegria! Estavam na praia, no Cassino e iria realizar o seu grande sonho de conhecer o mar. Antônio soltou a mão do pai, tirou as sandálias e saiu correndo descalço enterrando seus pequenos pezinhos naquelas areias brancas e de repente parou, os olhos arregalados! Boquiaberto! E assim permaneceu durante algum tempo maravilhado, fascinado como se tivesse enfeitiçado com o que estava vendo pela primeira vez, a beleza e imensidão do mar. Seu pai ficou a observá-lo de longe contagiado pela emoção do filho, depois se aproximo do menino e perguntou: “Então filho o que achastes da surpresa?” E Antônio chorando de emoção nada respondeu, simplesmente beijou-lhe carinhosamente as mãos.
Passou o dia inteiro na praia, tomou banho de mar, jogou bola na areia, correu e fartou-se de tanto brincar como qualquer criança da sua idade.
Ao anoitecer seu Pedro, pai de Antônio esse era seu nome, convidou-o para irem embora, mas ele pediu para que o deixasse ficar um pouco mais, pois queria ver o mar a noite, seu pai permitiu, o menino aproximou-se da orla da praia e sentou-se na areia e ficou olhando a escuridão do mar com suas imensas ondas que ao quebrarem-se na praia iluminadas pela luz do luar parecia espalhar cacos de prata para todos os lados.
Muito distante dali surgiu um barco e Antônio ao vê-lo pensou: “Aquele barco está tão longe que suas luzes parecem com pontinhos vermelhos no negro céu. O marinheiro que lá está deve estar tentando encontrar o paraíso que dizem existir além do horizonte que bobo que ele é, se o paraíso é aqui!”  
Antônio levantou-se foi até o pai e falou que agora sim poderiam ir embora e foram felizes para casa. Ao chegarem à casa a noite, Antônio viu em cima da mesinha da sala ao lado do abajur de luz um velho e surrado livro que continha a ilustração de uma paisagem e um oceano e era a beleza dessa gravura que despertava em Antônio o desejo de conhecer o mar, mas depois de ter o sonho realizado ele nunca mais pegou o livro e o livro permaneceu lá em cima da mezinha junto ao abajur.
Os anos foram passando e Antônio cresceu e se tornou um homem honesto, forte e trabalhador. Seu pai envelheceu, os cabelos branquearam e a pele enrugou, mas o amor e o carinho entre ambos não mudou continuou o mesmo sem nunca terem-se separado. Até que Antônio decidiu mudar-se para a cidade a fim de trabalhar e prosseguir seus estudos, mas não queria afastar-se do pai. Certa noite enquanto esperavam pelo jantar, Antônio falou da decisão a seu pai e colocou-lhe também o desejo de não afastar-se dele e pediu-lhe que o acompanhasse que os dois fossem morar juntos na cidade. O velho Pedro levou um choque, mas recuperou-se logo e explicou ao filho que não poderia acompanhá-lo, pois estava com muita idade, havia nascido e crescido na roça e não conseguiria viver na cidade grande sem trabalhar a terra, cuidar das galinhas, ordenhar as vacas, etc., porém compreendia também que não poderia atrapalhar-lhe a vida e disse a Antônio que seguisse seu destino e ele ficaria bem ali na roça em companhia da empregada.
Num dia de primavera seu Pedro e Antônio passeavam pela propriedade quando começou a cair uma chuva fina. Antônio viajaria no dia seguinte e não sabia, mas aquele seria o último passeio que faria em companhia de seu pai amado e aquela chuvinha era a natureza que chorava porque não mais veria o velho Pedro e nem o menino que ali nasceu e cresceu.
No dia seguinte Antônio e seu Pedro almoçavam juntos no restaurante da estação ferroviária, estavam os dois com seus corações apertados acreditavam ser pela separação, pois Antônio partiria no trem das quatorze horas. O trem chegou pai e filho e se despediram com olhos cheios de lágrimas num longo e apertado abraço, o filho repetiu o gesto de anos atrás quando levado para conhecer o mar, beijou longamente aquelas calejadas e agora enrugadas mãos, embarcou e o trem partiu. Seu Pedro ficou olhando aquele trem com seus vagões vermelhos que passava pela ponte de pedra e arquitetura delicada. E Antônio observava pela janela o rio onde passou a infância banhando-se e pescando naquelas águas que corriam sob a ponte e ao olhar a distância via pequenos pontos que eram as casas da cidadezinha amada.
Chegando a capital Antônio foi morar em uma pensão para jovens estudantes localizada no centro da cidade e a primeira atitude que tomou foi escrever ao pai mandando seu endereço e pedindo notícias, mas quem lhe respondeu foi Maria, a empregada, dando-lhe a notícia de que seu Pedro havia falecido de ataque cardíaco no dia de sua partida. Só então Antônio pode entender o porquê do aperto que sentia no peito enquanto almoçavam no dia da partida e chorando muito a morte do pai, jurou que nunca mais retornaria a sua terra natal. Mas, sempre que estivesse com muita saudade do pai iria à praia e lá se alegraria olhando o mar e recordando os bons tempos de sua infância.
Amigos, este é um conto de minha autoria gostaria que vocês lessem e comentassem com toda a sinceridade.
                                                                                              Luís Odilon Macedo Béles

segunda-feira, 7 de maio de 2012

João Paulo II: Santo Súbito, Santo Já

 JOÃO PAULO II: SANTO SÚBITO, SANTO JÁ

Karol Joseph Wojtyla nasceu no dia 18 de maio de 1920 em wadovice na polônia. Antes de se tornar padre, foi ator e roteirista em Cracóvia, trabalhou também como britador numa pedreira. Em 1º de novembro de 1946 foi ordenado padre no Seminário Maior de Cracóvia, rezou sua primeira missa na cripta de São Leonardo na catedral de wavel. Foi Bispo Auxiliar de Cracóvia, teve participação ativa no Concílio Vaticano II. Com a morte do bispo em 1964, Dom Wojtyla o substituiu. Em 1967 foi ordenado cardeal pelo Papa Paulo VI. Com a morte do Papa em 1978, participou do conclave que elegeu o cardeal Albino Luciani, “o Papa sorriso”, que morreu trinta e três dias após sua eleição. E, em 16 de outubro de 1978 Karol é eleito como sucessor de São Pedro. Em 22 de outubro do mesmo ano é foi investido como Sumo pontífice e assumiu o nome de João Paulo II prometendo levar a religião e Jesus Cristo aos quatro cantos do mundo, o que cumpriu.
        João Paulo II visitou cento e vinte cinco países em todos os continentes, chegando a ir em janeiro de 1998 a Havana, capital de Cuba, lá permanecendo por cinco dias a convite do presidente Fidel Castro. Ele também esteve no Brasil por três vezes. Foi mais de 1,1 milhões de quilômetros percorridos ao redor do mundo, o suficiente para dar trinta voltas em torno da terra.
        Ao longo de seu pontificado, João Paulo II permaneceu à frente da Igreja por vinte e seis anos, caracterizando um dos mais longos pontificados de toda a história.
        Com um carisma fora do comum, o Papa João Paulo II, conseguia conquistar multidões, era um homem bem humorado e de grande religiosidade, prova disso é a facilidade que ele tinha para alcançar o bom êxito nos seus ensinamentos.
        A jornada mundial da juventude talvez tenha sido uma das maiores realizações na vida da Igreja, uma vez que ele foi tão bem aceito, que ficou conhecido como ídolo dos jovens, justamente pelo modo com que conseguia se aproximar deles.
        João Paulo II exerceu o seu ministério profético com grande maestria. Ele fazia questão de sair do Vaticano e levar a mensagem de Cristo a toda parte. Em cada uma de suas inúmeras viagens ele não levou uma presença turística. Ele viajou como portador de mensagens de solidariedade, de respeito à pessoa humana, de fé em Deus, Pai de toda a humanidade. Certa vez lhe perguntaram: “Por que o senhor está sempre viajando pelo mundo?” Ele respondeu: “Por que o mundo não cabe todo aqui!”
        Ele promoveu alguns encontros marcantes no campo do ecumenismo e do diálogo inter- religioso. Entre eles, destaca-se o primeiro Dia Mundial de Oração pela Paz com representante das Igrejas Cristãs e Comunidades Eclesiais e Religiões do mundo, em Assis, na Itália e tomou também a iniciativa de visitar a sinagoga de Roma.
        Homem de profunda devoção mariana recomendou e incentivou a recitação do Santo Rosário e declarou: “o Rosário é minha oração preferida. Oração maravilhosa em sua simplicidade e profundidade.” Instituiu de outubro de 2002 a outubro de 2003 o “Ano do Santo Rosário”. Quando adolescente com ajuda de um de seus professores, fundou um grupo de congregação mariana.
        Para a Igreja ele foi um sustentáculo. A firmeza de João Paulo II deu firmeza à Igreja e ela precisava disso. Ele foi também um líder para o mundo, não existiu e não existirá outro com liderança igual à dele, essas leis que alguns políticos desejam aprovar e que abalam profundamente os alicerces da sociedade, somente ainda não o foram graças à luta de João Paulo II. Com sua ética personalista, ele primou pela pessoa humana, o centro de tudo, o papa lutou para impedir essas leis desumanas, porque ele amava a pessoa humana e pessoa humana ainda no ventre de sua mãe, assim que foi concebida. Foi um homem que muito amou Jesus Cristo. Ele o amou porque se sentiu profundamente amado por Ele, por isso não poderia fazer outra coisa se não derramar-se de amor por toda a humanidade.
        João Paulo II foi duramente provado pelo sofrimento. Aos vinte e um anos viu-se sozinho no mundo, pois havia perdido toda sua família. Quando vivia o terceiro ano de seu pontificado, foi vítima de um atentado em plena Praça de São Pedro. O tiro do qual foi alvo submeteu-o a uma delicada cirurgia para amputação de parte do intestino. A partir daí sucederam-se uma série de problemas que debilitaram sua saúde, o mal de Parkinson o limitou em seus movimentos e na fala. Em fins de março de 2005, passa mal e morre em 2 de abril do mesmo ano. Suas últimas palavras foram: “Deixem-me ir para casa do Pai”, contou seu secretário D. Stanislaw Dzwisz.
        Marie Simon Pierre, religiosa francesa que sofria a quatro anos do mal de Parkinson, a mesma doença que afetou os últimos anos de vida do Papa, recuperou-se dessa enfermidade milagrosamente por intercessão de João Paulo II, dois meses após a morte do mesmo, tornando-se a peça chave do processo de beatificação de João Paulo II.
        É esse homem admirável que entrou em nossas casas, em nossas famílias e fez moradia em nossos corações que será em 1º de maio, o domingo da festa da Divina Misericórdia, festa por ele instituída, elevado a honra dos altares, fato já previsto por centenas de milhares de jovens que no funeral de João Paulo gritavam “Santo Súbito” que significa Santo Já. 



                                                            Luis Odilon Macedo Béles 
                                 
                                         Comunidade Nova de Aliança Nova do Monte Carmelo
                         

Nossa Senhora, Mãe de Deus, Mãe da Igreja




NOSSA SENHORA, MÃE DE DEUS, MÃE DA IGREJA

Maria era uma judia, da descendência do Rei David, filha de Joaquim e Ana e como todo o povo israelita aguardava ansiosamente a vinda do messias.
Desde a sua concepção, Maria foi consagrada a Deus e preservada do pecado original.
Era profunda conhecedora das escrituras e vivia em constante oração e adoração ao Senhor.
Realizar o plano de Deus era o constante desejo de seu coração, pois se considerava uma humilde serva do Senhor.
Seus olhos não se fixavam nos dons recebidos, mas se voltavam para o doador de todos os dons: “Porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso” Lc 1, 49.
Para que a devoção Marial seja sólida, deve ser alicerçada nos Dogmas marianos, somente assim pode – se constituir uma verdadeira Mariologia.
Mas o que é Dogma? É o ponto fundamental e indiscutível da doutrina religiosa, são verdades essencialmente reveladas por Deus nas quais a nossa fé exprime adesão à sua revelação (DV 166). “A revelação é uma só: O plano de Deus” (DV 162).
Quatro Dogmas (verdades) foram definidos sobre Maria nos quais firmamos nossa fé:
1º Maternidade Divina – Concílio de Éfeso (ano 431) Lc. (1, 26 – 35);
2º Virgindade perpetua de Maria – Paulo IV (07/08/1955) Lc. 1, 34 – 35; Is. 7, 14;
3º Imaculada Conceição – Maria cheia de graça isenta do pecado original (08/12/1854) Gn. 3, 15; Lc. 1, 28 (Ave ó imaculado);
4º Assunção: Em corpo e alma ao céu – Pio XII (01/11/1950) – por não ser detentora do pecado original não poderia passar pela morte que é o salário do pecado.
Os dogmas de Maria, a virgem, se relacionam a Jesus Cristo; logo o dogma mariano se acha ligado e faz parte do dogma cristológico.
Nenhum personagem do Antigo ou do Novo Testamento foi objeto de tantos elogios quanto Maria:
*Lc. 1, 8 – O senhor é contigo;
*Lc. 1, 35 – O Espírito virá sobre ti;
*Lc. 1, 48 – Todas as gerações a proclamarão bem – aventurada;
*Lc. 1, 49 – Grandes coisas foram realizadas em Maria.
Maria é a mãe atenta às necessidades dos homens: ”Eles não tem mais vinho”; e sempre dirá: “Fazei tudo o que Ele vos mandar”.
Em João 19, 25 – 27, “Maria aparece como a nova Mãe dos vivos, a nova Eva. Isto confirma os títulos de Maria Mãe dos homens e Mãe da igreja”, conforme observação do Papa S.Pio X.
A piedade cristã deve levar a cada um de nós sermos para Maria outro Jesus, tomando a consciência de que também somos seus filhos. Desta maneira é evidente que a devoção à Maria não desvia de Cristo, como diz a Constituição Dogmática L G 60, mas é, de certo modo, natural e obrigatório para todos os cristãos. 





                                          Luis Odilon Mcedo Beles 

                     Discípulo da Comunidade da Aliança Obra do Monte Carmelo