quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Oi pessoal, aí vai uma estória de minha autoria que estava engavetada há vários anos e só agora resolvi publicá – la. Leiam e comentem.


o trigre atolado
                                  
 

                                              


Era uma vez uma fazenda no interior do município de Serra das Bonecas onde estavam necessitando de um capataz de estância.
Pedro era um homem jovem, forte, bem apessoado e de ótima reputação, candidatou – se ao cargo e foi aceito.
O dono da fazenda ficou muito contente com a contratação de Pedro, pois sabia de suas boas referências. Depois de alguns dias de trabalho, o patrão contou – lhe o motivo pelo qual os empregados não permaneciam por muito tempo na fazenda. O problema era um tigre que apareceu por lá e andava atacando pessoas e animais não só em sua propriedade, bem como na vizinhança e já havia feito várias vítimas, ao saberem disso iam embora aterrorizados.
O fazendeiro sabendo ser Pedro um homem corajoso fez – lhe uma proposta: Se ele conseguisse caçar o tigre teria uma boa recompensa e Pedro aceitou.
Passados alguns dias, estava Pedro deitado descansando a sombra de uma árvore quando avistou a tenebrosa fera que vinha em sua direção. E agora? O que fazer? Foi aí que ele teve uma ideia: Fingir – se de morto, pois segundo ele, essas feras quando encontram uma presa, é ela quem tem de matá – la, se encontram morta não aceitam.
 O animal chegou perto de Pedro cheirou, examinou, arranhou e acreditou que estivesse morto. O tigre sentou – se ao lado suposto defunto. Passado alguns minutos o peão resolveu saber o que estava acontecendo; abriu cuidadosamente um dos olhos e viu o bicho sentado de costas para si, então teve outra ideia, soltou um grito tão forte, mas tão forte que até as árvores estremeceram e o tigre assustado saiu correndo e atolou – se num atoladouro.
Pedro levantou – se e foi atrás da fera, deu – lhe um tiro na testa, enlaçou – o e arrastou – o até o galpão tirou – lhe o couro e levou para o patrão, este muito feliz chamou os vizinhos para mostrar – lhes a façanha do empregado. Foi um dia de festa, mandou que abatessem um novilho gordo para o churrasco, providenciassem bebidas e tudo mais que fosse necessário até mesmo músicas para as danças.
No outro dia o “Caçador do tigre atolado”, foi assim que Pedro passou a ser conhecido nas redondezas, foi chamado na sede da fazenda e, ao chegar lá estavam reunidos todos os fazendeiros da região, foi recebido com palmas e um a um foi lhe entregando um pacote. Ao sair dali foi ver o que continham os pacotes e qual foi sua surpresa? Era dinheiro, muito dinheiro. Ficou rico comprou sua própria fazenda, casou – se teve vários filhos, doze para ser mais preciso, e viveu feliz por muitos e muitos anos.


                                                                                       Luís Odilon Macedo Béles

sábado, 30 de junho de 2012

COMO PODEMOS ENCOTRAR  A DEUS?
                                                




Conto – lles a história de um homem muito rico e orgulhoso que queria encontrar Deus. Um dia se aproximou de um ermitão que vivia nas imediações do povoado, homem sábio e prudente, que o levou ao alto de uma montanha. Ali o deixou durante dois dias sem permitir – lhe que bebesse água. Depois foram à nascente do rio que abastecia o povoado e lhe disse:
 – Neste momento, para sobreviver necessitas de água. O que farás para beber?
O homem ajoelhou – se e abaixando sua cabeça, bebeu do fio de água que brotava do solo.
Disse – lhe o sábio:
 – Isso farás para encontrar Deus. Deixa teu orgulho de lado e reconhece tua necessidade de Deus, a fonte de água viva, ajoelhando – te até tocar o chão. Foi a única forma de beber a água que te salvaria de morrer de sede. Do mesmo modo, para salvar tua alma, deves reconhecer que sem Deus não há salvação.
Disse o Senhor que: “O que beber da água que eu lhe der jamais terá sede, mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna” (Jo. 4,14). E mais adiante acrescenta: “Aquele que tem sede, venha! E que o homem de boa vontade receba, gratuitamente, da água da vida! (Ap. 22,17c).
Outra história conta que um professor que foi convidado para ministrar uma conferência numa base militar e no aeroporto foi recebido por um soldado chamado Carlos, que havia encontrado a Deus servindo a seus semelhantes.
Recolhendo as malas Carlos ajudou a uma idosa com sua bagagem, colocou sobre seus ombros duas crianças para que vissem o Santo Antônio, orientou a uma pessoa que se encontrava perdida, no entanto Carlos sorria alegremente.
Onde aprendeu agir assim? Perguntou – lhe o professor. Na guerra, respondeu Carlos. No Vietnam sua missão havia sido limpar campos minados, vendo como vários amigos encontravam uma morte prematura.
Acostumei – me a viver passo a passo. Nunca sabia se o seguinte iria ser o último e por isso tinha que tirar o maior proveito do momento que transcorria entre levantar um pé e volta a apoiá – lo.  cada passo era toda uma vida.
Ninguém pode saber o que irá acontecer amanhã. Que triste seria o mundo se soubéssemos. Toda a emoção de viver se perderia e nossa vida seria como um filme que já vimos. Nenhuma surpresa, nenhuma emoção. Penso que o que se quer é viver a vida como ela é uma grande e emocionante aventura.
E nesse vai e vem, Carlos observou que ao final não importa quem tenha acumulado mais riquezas, nem quem tenha chegado mais longe, mas o que importa é quem tenha amado mais. E Carlos se deu conta de que quem mais ama é quem mais serve, porque aprecia sua vida e a vida dos outros, e como disse o Senhor ao referir – se aos pobres, aos idosos, as crianças, aos necessitados e marginalizados: “Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que fizestes.” (Mt. 25,40).
O rico e orgulhoso se ajoelhou e encontrou a Deus. O soldado Carlos o encontrou servindo ao próximo.
E tu? Como te encontrarás com Deus?
Artigo extraído do site espanhol Catholic.net de autoria de Juan Rafael Pacheco. Tradução e adaptação de Luís Odilon Macedo Béles discípulo da Comunidade de Aliança Obra Nova do Monte Carmelo

          

domingo, 24 de junho de 2012


                                A oração do Pai Nosso


          
                                         



A confiança singela e fiel, e a segurança humilde e alegre, são as disposições próprias de quem reza o Pai Nosso. Orar a Deus nosso Pai deve fazer crescer em nós a consciência de que somos filhos de Deus, deve fazer crescer em nós o desejo de nos parecermos mais ao nosso Pai, deve fortalecer em nós o sentido de fraternidade.
A frase "Pai Nosso" contém a imagem do Pai que tanto amou o mundo e deu o seu único filho e "quando à invocação de Pai, acrescentamos "nosso", estamos saindo de nosso individualismo, estamos reconhecendo em todo homem a mesma dignidade de que nos gloriamos, de sermos filhos de Deus",
"Que está no céu" evoca "a morada do nosso Pai, o céu, é nossa pátria, nosso destino, porque o Filho desceu do céu para nos fazer subir com Ele, por meio de sua cruz e ressurreição.
"Santificado seja o vosso nome" pedimos a Deus que sua santidade se manifeste nos homens, que vença o pecado do mundo, que sua luz dissipe as trevas do mal e seu esplendor apareça com maior claridade para que todos os homens o reconheçam.
"Venha a nós o vosso Reino", o Reino de Deus é Justiça e paz, gozo no Espírito Santo. E nós cristãos estamos comprometidos a trabalhar intensamente para que os valores do Reino de Deus sejam vividos no mundo.
"Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu" nós somos radicalmente impotentes para cumprirmos a vontade do Pai, por isso devemos pedir ao nosso Pai que una nossa vontade à de seu Filho para poder cumprir seus intuitos. Unidos a Jesus e com o poder de seu Espírito poderemos fazer a vontade do Pai.
“Dai-nos hoje o pão de cada dia", denuncia o drama da fome no mundo e chama a cada de um nós a uma responsabilidade efetiva para com nossos irmãos mais necessitados.
"Perdoai-nos as nossas ofensas como também nós perdoamos aos que nos ofendem".
Devemos recordar que a misericórdia não pode penetrar em nosso coração até que tenhamos perdoado os que nos ofenderam e que ao negarmos perdão aos nossos irmãos e irmãs, o coração se fecha e sua dureza lhe faz impermeável ao amor misericordioso do pai.
“Não nos deixeis cair em tentação", a vitória sobre a tentação só é possível mediante a oração e a última petição "Mas livrai-nos do mal", designa a uma pessoa: Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus por quem o pecado e a morte entraram no mundo e só poderemos assegurar a vitória sobre ele se nos unirmos em Jesus Cristo porque Ele venceu definitivamente o Inimigo com sua morte e ressurreição.
Para finalizar vejam o que Edmilson Duarte Rocha escreveu sobre o Pai Nosso que achei muito interessante e que é uma grande verdade:

                                            PAI NOSSO

"Se em minha vida não ajo como filho de Deus, fecho meu coração ao amor,
será inútil dizer: PAI NOSSO.
Se os meus valores são representados pelos bens da terra,
será inútil dizer: QUE ESTAIS NO CÉU.
Se penso apenas em ser cristão por medo, superstição e comodismo,
será inútil dizer: SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME.
Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfluos, futilidades,
será inútil dizer: VENHA NÓS O VOSSO REINO.
Se no fundo o que eu quero mesmo é que todos os meus desejos se realizem,
será inútil dizer: SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU.
Se prefiro acumular riquezas, desprezando meus irmãos que passam fome,
será inútil dizer: O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE.
Se não me importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar aos que atravessam o meu caminho,
será inútil dizer: PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO.
Se escolho sempre o caminho mais fácil, que nem sempre é o caminho de Cristo,
será inútil dizer: E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO.
Se por minha vontade procuro os prazeres materiais e tudo o que é proibido me seduz,
será inútil dizer: MAS LIVRAI–NOS DO MAL...
Se sabendo que sou assim, continuo me omitindo e nada faço para modificar,
será inútil dizer: AMÉM." 

                              

                              Luis Odilon Macedo Béles
             Discípulo comunidade Obra Nova do Monte Carmelo  

terça-feira, 5 de junho de 2012

OS FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO








O Espírito Santo deu–nos os seus sete dons (sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus), mas ordeno–nos também que déssemos frutos. “Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constitui, a fim de que vades e produzais fruto, e vosso fruto permaneça” (Jo. 15,16), falou Jesus a seus discípulos. Esses frutos serão copiosos e de agradável sabor se o ramo se mantiver fortemente unido a videira. “Eu sou a videira e meu Pai é o agricultor, vós os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo. 15, 5). Permanecer na videira significa se deixar podar pelo Senhor da vinha que é Deus Pai, obedecendo e realizando lealmente suas ordens.
Há algumas diferenças entre os dons e os frutos vejamos quais são:
* Os dons são dados, os frutos são gerados;
* Os dons chegam após o batismo no Espírito, ou seja, a efusão do Espírito, os frutos na conversão;
* Os dons afluem de fora para dentro e os frutos de dentro para fora;
* Os dons chegam plenos, completos; os frutos necessitam de um tempo o para crescer e amadurecer;
* Os dons vem pelo Espírito, os frutos vem por Jesus;
* Os dons são distintos, os frutos indivisíveis;
* Os dons transmitem poder, os frutos autoridade;
* Os dons identificam o que fazemos, os frutos mostram o quem somos;
* Os dons se permitem ser imitados, os frutos jamais o serão.
Vamos agora conhecer e definir em poucas palavras os frutos do Espírito.
Caridade: A caridade é o amor sendo esse o maior sentimento cultivado em nossos corações direcionado para o bem do próximo, é doação total ao outro. São Paulo em 1coríntios 13, 3 diz: “Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade de nada valeria!” A caridade é a própria identidade de Deus, é o que ensina João quando diz: “Deus é amor” (1 Jo. 4,16). Por essa razão São Paulo qualifica a caridade como “a maior de todas as virtudes”.
Alegria ou gozo: Esse fruto é fundamentado no amor, é aquela satisfação interior, aquele gozo que humanamente não se pode explicar; só quem vive no Espírito poderá sentir e só o amor explicará.
PAZ: Unindo o amor e a alegria obtém–se uma grande sensação de tranqüilidade interior e que se exterioriza pela ausência do medo e da culpa repousando sobre nós a paz que Cristo nos deixou.
Paciência: É o fruto que ajuda a suportar as perseguições, as contrariedades e as adversidades da vida, faz–nos firmes na fé conforme Eclesiástico 2,1 – 6.
Benignidade: É fazer o bem sem olhar a quem, é o amor compaixão, é a ação de fazer o bem sem esperar recompensa; é o amor gratuidade.
Longanimidade: Está ligada a paciência e a paz, é a grandeza e generosidade da alma, é a certeza de que os desígnios de Deus se cumprirão trazendo a alma uma paz tão grande que nada poderá abalá–la.
Bondade: É querer verdadeira e desinteressadamente o bem do próximo, fazer gestos concretos em favor do outro sem esperar aplausos por isso, fazer por fazer.
Mansidão: É a obediência a Deus e aos seus ensinamentos, a mansidão liga–se a humildade e a paciência. “Vinde a mim, vos todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve” (Mt. 13 – 28 – 30) palavras de Jesus referindo–se a si mesmo. A mansidão não admite a irritação, a impaciência, e muito menos a ira e o ódio. O manso imita o coração misericordioso de Jesus.
: A fé não é somente um fruto do Espírito, é também uma das mais importantes virtudes teologais. A fé teologal nasce em Deus e nos faz do jeito que Deus quer. A fé fruto da efusão do Espírito, é infinitamente maior do que uma simples crença em uma divindade qualquer, é absoluta confiança, total segurança que brota da experiência do Deus criador, que é Pai; do Deus salvador, que é o filho e do Deus santificador, que é o Espírito Santo.
Modéstia: Faz referência a discrição. A modéstia é contra a ostentação e a exibição, é o total desinteresse em chamar a atenção sobre si mesmo. É o pudor que deve caminhar lado a lado com todo o cristão. É moderação nas ações e na conduta uma vez que é templo do Espírito Santo.
Continência: É conter–se, ter domínio de si próprio. O cristão continente e equilibrado sabe guardar–se e proteger–se dominando sua sexualidade, privando–se dos prazeres carnais.
Castidade: A castidade no sentido popular é abster–se das relações sexuais fora do casamento. A castidade fruto do Espírito é isso e muito mais: É ser fiel com sua vocação e suas promessas perante Deus, com sua fé, ao sacramento da ordem, ao sacramento matrimônio; ao seu esposa ou esposo, ser fiel a Deus mantendo pureza do corpo e da alma, observando o sexto e o oitavo mandamentos os quais dizem: “Guardar a castidade nas palavras e obras”; “Guardar a castidade nos pensamentos e desejos.”
Acabamos de conhecer os doze frutos gerados pela efusão do Espírito Santo, mas se faz necessário conhecer também os frutos da carne os quais são apresentados por São Paulo em sua carta aos Gálatas 5, 19 – 21 e ao mesmo tempo fazendo uma severa advertência àqueles que os praticarem. Cabe a cada um decidir a colheita que deseja realizar: Frutos do Espírito ou frutos da carne.

    
                                              Luís Odilon Macedo Béles
                         Discípulo da Comunidade Obra Nova do Monte Carmelo    
      

quarta-feira, 30 de maio de 2012



OS DONS DO ESPÍRITO SANTO





Os dons do Espírito Santo são como receptores que atraem os impulsos do Espírito e por intermédio dos quais o cristão se encaminha para a perfeição em estilo novo ou com a eficácia que o próprio Deus lhe conceder.





O que são os dons do Espírito Santo?




Vejamos a diferenciação feita pela Teologia entre dons e carismas, embora a palavra "charisma" seja de origem grega e signifique dom.
Carismas são graças especiais pelas quais o Espíri­to Santo capacita os cristãos para funções e tarefas que contribuem para o bem comum da comunidade. Os carismas às vezes apresentam, mas nem sempre, caráter extraordinária como no caso de certas curas ou a glossolalia isto é, o dom das línguas.
Por dons entendemos os talentos concedidos ao cristão para que sigam mais confiantemente os ímpetos do Espírito no caminho da perfeição espiritual. Os dons e seus efeitos são discretos, não chamam a atenção do povo dando shows ou espetáculos.
Agora que já aprendemos o que são dons e carismas e a diferença teológica entre um e o outro, vamos conhecer os sete dons do Espírito Santo e o significado de cada um, para que melhor compreendamos a necessidade de invocarmos e suplicarmos ao Espírito Santo que aumente em nós os Seus dons e frutos para que conservemo–nos neles até a morte. Cabe aqui um breve comentário sobre a significação do número sete na linguagem bíblica. Esse é o número da perfeição, da totalidade porque Deus criou o mundo em sete dias (Gn. 1 – 31; 2 – 2)









   SABEDORIA



É o dom de perceber o certo e o errado, o que favorece e o que prejudica o projeto de Deus. Por este dom buscamos não as vantagens deste mundo, mas o Bem Supremo da vida, que nos enche o coração de paz e nos faz felizes. Diz o Senhor: "Feliz o homem que encontrou a sabedoria... Ela é mais valiosa do que as pérolas" (Pr 3,13-15).





ENTENDIMENTO



É o dom divino que nos ilumina para aceitar as verdades reveladas por Deus. Mesmo não compreendendo o mistério, entendemos que ali está a nossa salvação, porque procede de Deus, que é infalível. O Senhor disse: "Eu lhes darei um coração capaz de me conhecer e de entender que Eu sou o Senhor" (Jr 24,7).





CIÊNCIA



É o dom de saber interpretar e explicar a Palavra de Deus. Por este dom, o Espírito Santo nos revela interiormente o pensamento de Deus sobre nós, pois "os mistérios de Deus ninguém os conhece, a não ser o Espírito Santo" (1 Cor 2,10-15).





CONSELHO



É o dom de saber discernir caminhos e opções, de saber orientar e escutar, de animar a fé e a esperança da comunidade. Mas o Senhor disse-lhe: "Não te deixes impressionar pelo seu belo aspecto, porque eu o rejeitei. O que o homem vê não é o que importa: o homem vê a face, mas o Senhor vê o coração" (1 Sm 16,7).





FORTALEZA



É o dom de resistir às seduções, de ser coerente com o Evangelho, de enfrentar riscos na luta por justiça, de não temer o martírio. São Paulo confiava no dom da fortaleza. Ele disse: "Se Deus está conosco, quem será contra nós?" (Rm 8,31).





PIEDADE



É o dom de estar sempre aberto à vontade de Deus, procurando agir como Jesus agiria e identificando no próximo o rosto de Cristo. É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. "O Reino de Deus não consiste em comida e bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14,17).





TEMOR DE DEUS



Não quer dizer "medo de Deus", mas medo de ofender a Deus. Sendo Ele o nosso melhor amigo, temos o receio de não lhe estarmos retribuindo o amor que lhe é devido. Mais do que temor, é respeito e estima por Deus. "Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e com todas as tuas forças" (Dt 6,4-5).
Queridos irmãos e irmãs estes são os dons do Espírito Santo também chamado de dons de satificação ou dons hierárquicos. No próximo artigo estarei abordando os dons carismáticos, os quais nas cartas paulinas receberam atenção e significados muito especiais.
Que a paz de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês!


                                     
                                    
                                         
                                               Luís Odilon Macedo Béles
       Discípulo da Comunidade de Aliança Obra Nova do Monte Carmelo



















  

sábado, 26 de maio de 2012

PENTECOSTES                                                                                 

Para os judeus uma festa de grande alegria, pois era a festa das colheitas. Ação de graças pela colheita do trigo. Vinha gente de toda a parte: judeus saudosos que voltavam a Jerusalém, trazendo também pagãos amigos e prosélitos. Eram oferecidas as primícias das colheitas no templo. Era também chamada festa das sete semanas por ser celebrada sete semanas depois da festa da páscoa, cinquenta dias, daí o nome Pentecostes, que significa "quinquagésimo dia".
Para os discípulos de Jesus e hoje para nós, o pentecostes significa o cumprimento do que foi dito pelo profeta Joel em seu livro no capítulo 3 versículos de 1 a 5 e também a realização da promessa de Jesus em Jo. 14, 15–17. Isso aconteceu concluídos cinquenta dias do período pascal conforme lemos em Atos dos Apóstolos 2, 1–13 e com esse evento podemos dizer que foi o nascimento da Igreja de Cristo, pois o paráclito, Espírito da verdade, o Consolador se derramou sobre a comunidade dos discípulos e discípulas reunidas no cenáculo edificando e fortalecendo a sua Igreja, que eram aqueles e hoje somos nós, e enviando–nos a missão ”ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. As primícias da colheita aconteceram naquele dia, pois foram muitos os que se converteram e foram recolhidos para o Reino.
Oremos pedindo a Deus que nos envie o Espírito Santo para que também nós recolhamos primícias para o Pai: “Ó Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, inspirai-me sempre aquilo que devo pensar, aquilo que devo dizer, como eu devo dizê-lo, aquilo que devo calar, aquilo que devo escrever, como eu devo agir, aquilo que eu devo fazer, para procurar a vossa glória, o bem das almas e minha própria santificação.”
“Ó Jesus, toda a minha confiança está em vós.”
“Ó Maria, templo do Espírito Santo, ensina–nos a sermos fiéis Àquele que habita em nosso coração”.
                                                             
                          Luís Odilon Macedo Béles
    Discípulo da comunidade Obra Nova do Monte Carmelo

                                              
             

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Evangelho de Marcos 5, 21 – 43



A filha de Jairo e a mulher doente

Neste evangelho vemos grandes exemplos de . Em primeiro lugar a de Jairo, homem bem posicionado na sociedade judaica, era um dos chefes da sinagoga e, por amor a sua filha que estava passando mal desce de seu pedestal de poder, apresenta–se diante de Cristo e lança–se a seus pés, isto é, humilha–se, prostra–se por terra, rosto no chão e intercede a Jesus pela filha dizendo “vem, impõe–lhe as mãos para que ela se salve e viva”. Jairo tem certeza de que Jesus pode curá–la, pede a Jesus a salvação e a vida da filha, mas uma pessoa que é salva não vive? Porque então Jairo suplica por essas duas coisas? Por que não quer somente a cura física, quer também a cura, a salvação da alma da filha.
Nesse mesmo episódio encontramos também uma mulher que há doze anos sofria com um fluxo de sangue, isto é, menstruava continuamente e já havia padecido muito nas mãos de vários médicos e gastado todos os bens que possuía sem obter nenhum resultado. “Ouvindo falar de Jesus infiltrou–se em meio à multidão que o cercava e pensava com sigo mesma” se eu tocar a orla de seu manto ficarei curada e assim aconteceu, ao tocá–lo o sangue estancou logo e ela sentiu estar curada. Jesus olhando envolta perguntou quem me tocou? E os discípulos respondem, a multidão te comprime e tu queres saber quem te tocou? Porém, Jesus sentira que saiu de si uma força e sabia que alguém havia lhe tocado com fé e a mulher amedrontada veio lançou–se aos seus pés e contou–lhe toda a verdade, Jesus disse–lhe: “Filha a tua te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal.”
Em determinado momento enquanto se dirigiam à casa de Jairo, veio um criado avisar–lhe que a filha havia morrido e dizer–lhe que não incomodasse o mestre, Jesus ouviu a notícia e falou: “Não temas; acredita somente”. Podemos interpretar essas palavras de Jesus como quem diz: não vês o que aconteceu com essa mulher pela , com tua filha poderá acontecer o mesmo se também tiveres . Jairo creu e o milagre aconteceu. Jesus chegando à casa de Jairo perguntou por que tanto barulho, a menina não morreu está dormindo e eu vou acordá–la. Mas riam dele. Levando consigo o pai, a mãe e os seus discípulos entraram onde a menina estava deitada e pegando a sua mão disse–lhe: “Menina, ordeno–te, levante–te!” e na mesma hora ela levantou–se e começou a andar deixando todos muito assombrados. Recomendou–lhes severamente que não falasse a ninguém e mandou que descem–lhe de comer.
Estes dois grandes e belos exemplos de podemos trazê–los para nossas vidas. Acreditando que Cristo tudo pode, se o tomarmos como mestre e senhor de nossas vidas; as nossas misérias, enfermidades e angústias serão todas curadas e ao finalizarmos esta peregrinação terrestre não morremos, mas renasceremos para a vida eterna. Outra coisa que chama a atenção neste evangelho é o fato de Jesus ter mandado alimentá–la. Por que Ele teria ordenado isso? Não estaria aí o ensinamento a todos nós de que o corpo precisa estar forte e bem tratado, a precisa ser alimentada pela leitura e estudo da palavra, pela oração pessoal e comunitária; a alma necessita do maior e melhor de todos os alimentos que é a eucaristia? Podemos extrair desse evangelho também uma lição de coragem e ousadia, pois as mulheres menstruadas para sociedade judaica eram consideradas “impuras”, elas não poderiam aproximar–se de nada e de ninguém; não poderiam tocar em nada e nem serem tocadas sob pena de que as pessoas ou coisas se tornassem também “impuras”. Essa mulher transgrediu as leis, correndo o risco de ser condenada, de ser apedrejada até a morte, mas a estava acima de tudo fazendo–lhe corajosa. Será que nós que dizemos cristãos seguidores de Jesus temos a coragem da hemorroisa de enfrentarmos tudo e todos pelo testemunho e defesa de nossa? Jesus por sua vez também foi desobediente a lei aceitando ser tocado pela “impura”, porém sendo fiel em primeiro a Deus e depois a si mesmo, pois Deus o enviou para salvar e curar os doentes, recuperar a dignidade e reintegrar a sociedade os discriminados e marginalizados.
Bem, como podemos perceber a palavra chave deste evangelho é a . Muito mais teria a falar sobre esta passagem bíblica, mas vou parar por aqui. Você meu irmão, você minha irmã leia faça sua reflexão pessoal e veja quanta riqueza, quantos ensinamentos esta leitura nos passa. Aconselho a usar a metodologia de Leitura Orante. Eu sou integrante do Grupo de Estudo da Palavra intitulado “Enchei–vos” (leitura orante) e dou testemunho da maravilha que é e convido–os realizar conosco essa experiência. Venha nos conhecer!
Comunidade Católica de Aliança Obra Nova do Monte Carmelo
Rua: Ver. Elberto Madruga, 524 Bairro Cruzeiro do Sul
Reuniões: Todas segundas e terças–feiras às 18 horas. Teremos imenso prazer em recebê–los. 


                                                Luis Odilon Macedo Béles

                   Discípulo da Comunidade Obra Nova do Monte Carmelo